A sessão extraordinária da Câmara Municipal de Marabá, que poderia deliberar sobre o arquivamento de denúncias contra o prefeito Toni Cunha (PL), foi mais uma vez adiada nesta semana. A iniciativa para realização da sessão partiu do vereador Cabo Rodrigo (PL), líder do governo, que buscou na Justiça a convocação da reunião para apreciação do parecer da Comissão Processante.
O pedido havia sido acolhido em primeira instância, com determinação para que o presidente da Câmara, vereador Ilker Moraes (MDB), convocasse a sessão sob pena de multa. No entanto, a decisão foi posteriormente derrubada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Os desembargadores entenderam que a medida representaria interferência indevida do Judiciário nas competências do Legislativo, especialmente em relação ao direito regimental de vista e ao rito de tramitação das denúncias.
A tensão na base governista se escancarou em plenário. O vereador Jymisson Pacheco (PL), que inicialmente havia votado pela investigação do prefeito, cobrou abertamente o presidente Ilker Moraes. Pacheco demonstrou pressa incomum para que o pedido de arquivamento fosse votado imediatamente, mesmo em pleno recesso parlamentar — que termina na próxima semana.
A expectativa é de que a votação sobre o parecer da Comissão Processante volte à pauta na retomada dos trabalhos legislativos, prevista para a primeira quinzena de agosto. As investigações tratam de possíveis práticas de improbidade administrativa e abuso de poder. (Portal Vinícius Soares, com informações do Blog Marabá & Fatos)