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Participante ironiza confusão em corrida: “Só de não ser preso, já sou vencedor”

Evento terminou em confusão generalizada após erro na orientação do percurso por parte de um batedor do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), o que causou prejuízos a parte dos competidores

Um corredor, identificado como Yure Fit, residente em Parauapebas, utilizou seu perfil no Instagram para comentar a participação na 1ª Corrida do Empreendedor, realizada na manhã de domingo (13) em Marabá, sudeste do Pará. Ele afirmou que “só de não ter sido preso, já se considera vencedor”, e exibiu a medalha que recebeu pelo término da prova. Segundo ele, veio à cidade exclusivamente para participar do evento, que prometia premiação de R$ 5 mil nas categorias gerais masculina e feminina.

O evento foi promovido pelo Conselho de Jovens Empresários (Conjove) da Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim) e reuniu cerca de 600 participantes entre atletas profissionais e amadores. A corrida, no entanto, terminou em confusão generalizada após erro na orientação do percurso por parte de um batedor do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), o que causou prejuízos a parte dos competidores.

O ponto central do problema ocorreu no cruzamento da Travessa João Passondas de Carvalho com a Travessa da Escola, no Bairro Santa Rosa. No local, o batedor teria seguido por uma via incorreta, desviando atletas do trajeto oficial. Alguns participantes, que conheciam o percurso previamente divulgado, seguiram corretamente, enquanto outros foram levados ao erro e percorreram um trecho maior, o que impactou diretamente nos tempos registrados pelos chips.

O descontentamento se intensificou na área de chegada, em frente ao Museu Municipal Francisco Coelho, onde participantes protestaram contra a organização. Houve gritos, tentativa de destruição de troféus e do painel oficial, e a Polícia Militar precisou intervir para conter os ânimos. O clima de insatisfação também foi alimentado por outro episódio: uma corredora que desmaiou durante a prova foi carregada até a linha de chegada por outro atleta, mas mesmo assim teve o tempo validado e subiu ao pódio em 2º lugar, gerando revolta entre outras competidoras.

De acordo com o regulamento da competição, publicado no dia 2 de julho, o desvio do percurso oficial implicaria em desclassificação, sem direito a recurso. O documento também previa a presença de fiscais ao longo do trajeto, o que, segundo relatos, não foi cumprido.

Mais de 24 horas após o evento, a organização ainda não se pronunciou publicamente. A presidente da Acim, Nilva Olivi, chegou a prometer uma nota de esclarecimento no domingo (13), mas até o momento não houve publicação oficial. O Conjove, por sua vez, desativou os comentários de seu perfil no Instagram após a corrida.

O caso segue repercutindo nas redes sociais e entre os participantes, que cobram esclarecimentos e providências da organização. (Portal Vinícius Soares)

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