DA REDAÇÃO — O Tribunal do Júri da Comarca de Jacundá julgou, na segunda-feira (25), um caso de homicídio ocorrido em novembro de 2023. Dos três acusados, dois foram absolvidos e um condenado a 18 anos de reclusão pela morte de Cleive Carvalho da Silva, conhecido como “Socó”, catador de latinhas da cidade.
O julgamento foi presidido pelo juiz Jun Kubota, da Vara Única de Jacundá. O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) esteve representado pelos promotores Erick Fernandes e Aline Cunha. A defesa de Lucas Silva dos Santos foi feita pelos advogados Diego Adriano de Araújo Freires e Kewin William Soares Damasceno, com apoio do estudante de Direito Benedito Fonseca. A Defensoria Pública, por meio do defensor José Ericson, atuou em favor de Moises de Jesus Silva Rodrigues e de Ruan Santos da Silva.
O Conselho de Sentença decidiu pela absolvição de Lucas Silva dos Santos e de Moises de Jesus Silva Rodrigues, ambos beneficiados pela tese de negativa de autoria. Lucas foi absolvido após os jurados entenderem que não havia provas de que ele tivesse participado da execução do crime. Moises, que estava na garupa da motocicleta utilizada pelo grupo, também foi absolvido sob os mesmos fundamentos.
Já Ruan Santos da Silva foi condenado por homicídio duplamente qualificado, com reconhecimento das circunstâncias de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena foi fixada em 18 anos de reclusão, em regime inicial fechado. O juiz considerou a conduta de Ruan deliberada e destacou que a vítima era uma pessoa com deficiência física e mental. O magistrado negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, aplicando entendimento do Supremo Tribunal Federal que autoriza a execução imediata da pena em condenações do júri.
O crime ocorreu em 9 de novembro de 2023. De acordo com a denúncia, Ruan atacou Cleive Carvalho da Silva após suspeitar que a vítima carregava uma televisão furtada de sua avó. Atingido inicialmente pelas costas com um canivete, Cleive sofreu múltiplos golpes no pescoço e nas costas, sem possibilidade de defesa. Lucas e Moises, embora estivessem presentes, não tiveram participação reconhecida no homicídio. (Portal Vinícius Soares)
