O júri do assassinato do joalheiro Edilson Ribeiro, ocorrido em abril de 2021 em Marabá, terá início nesta quarta-feira (10) em Belém. O caso coloca no banco dos réus Maria da Paz Silva Ferreira, conhecida como “Da Paz”; sua filha Oinotna Silva Ferreira, a “Tina”; a neta Gabryella Ferreira Bogéa, a “Gaby”; Mateus Mendes; Rafael Ferreira de Abreu, irmão de Gaby; e Bruno Glender, que seria namorado de Gaby.
O Ministério Público do Pará (MPPA) solicita a condenação dos seis réus pelo assassinato, caracterizado como crime brutal. Para a acusação, há provas que indicam a participação direta da família e dos envolvidos no planejamento e execução do homicídio, incluindo laudos periciais, depoimentos de testemunhas e registros de investigação que situam os réus no contexto do crime.
A defesa da família, por outro lado, alega que o verdadeiro executor do crime não foi responsabilizado e que alguns depoimentos apresentados durante o inquérito são contraditórios. A estratégia da defesa também questiona a investigação inicial, apontando omissões e falhas na apuração da participação individual de cada réu. A tese a ser defendida pelos advogados da família em plenário ainda não é conhecida.

A representação de Gaby Bogéa está nas mãos de uma equipe robusta de advogados, composta por Diego Adriano Freires, Odilon Vieira, Magdenberg Teixeira, Tiago Alves e Joao Victhor Rodrigues. Já a defesa de Bruno, o ex-namorado de Gabriela, será conduzida pelo criminalista Arnaldo Ramos.
O júri contará com 26 testemunhas, incluindo delegados, peritos, investigadores e pessoas ligadas ao condomínio onde o crime teria ocorrido. A complexidade do caso exige análise detalhada de provas técnicas e testemunhais para esclarecer a extensão da participação de cada réu.
O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) realizará transmissão ao vivo do julgamento para garantir transparência e acesso público. O Portal Vinícius Soares acompanhará de perto todos os desdobramentos do processo, que permanece como um dos casos de maior repercussão em Marabá.