O senador colombiano Miguel Uribe, de 39 anos, foi baleado no sábado (7) durante um evento de campanha em Bogotá. Uribe, que é pré-candidato à presidência pelo partido de direita Centro Democrático, foi atingido por dois disparos na cabeça e um no joelho enquanto conversava com apoiadores. O autor dos tiros é um adolescente de 15 anos, que foi apreendido no local por agentes de segurança.
O parlamentar foi socorrido em estado crítico e levado de helicóptero à Clínica Santa Fe, onde passou por cirurgias neurológica e vascular. Segundo boletim médico e declaração do prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán, Uribe superou o primeiro procedimento cirúrgico e entrou nas horas mais delicadas da recuperação. Sua esposa informou, em áudio divulgado à imprensa, que ele “venceu a primeira batalha”.
A motivação do atentado ainda não foi divulgada. O ministro da Defesa da Colômbia, Pedro Sánchez, anunciou a mobilização de todos os recursos das forças de segurança e ofereceu uma recompensa de cerca de US$ 725 mil por informações que levem aos responsáveis. Em pronunciamento, o presidente Gustavo Petro classificou o episódio como um “dia de dor” e reforçou o compromisso com as investigações.
O caso gerou reações em todo o espectro político e entre autoridades internacionais. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chamou o atentado de ameaça à democracia e criticou a retórica política colombiana. Miguel Uribe é senador desde 2022, foi vereador e secretário de governo de Bogotá, e é filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e morta pelo cartel de Medellín, além de neto do ex-presidente Julio César Turbay.
